domingo, 14 de dezembro de 2008

A Tenda Vermelha


The Red Tent - Anita Diamant

Em uma das minhas viagens para São Paulo, a Thaís me mostrou esse livro em um dos milhares de sebos que fomos e disse que era muito bom. Como o preço do sebo era salgado (apenas uns R$4,00 mais barato que na livraria) resolvi esperar para comprar. É claro que não parei de pensar no livro e só não voltei no sebo para comprar e acabar logo com a agonia porque não deu tempo. Chegando em casa encomendei o livro pela internet e assim que chegou comecei a ler. O Paulo fez um trocadilho infâme sobre o nome do livro perguntando se era sobre uma telefonista comunista (atenda vermelha!). Sem comentários.

Quem está familiarizado com a Bíblia deve conhecer a história de Jacó que trabalhou durante sete anos para Labão em troca da mão de Raquel e no dia do casamento foi enganado e recebeu a mão da irmã mais velha de Raquel, Lia. Então trabalhou por mais sete anos e finalmente recebeu a mão de Raquel.

Jacó teve no total doze filhos (cada um formou uma das doze tribos de Israel): Rubem, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zabulon com Lia; Dã e Neftali com Bala (concubina); Gad e Aser com ;Zelfa (concubina) e José e Benjamin com Raquel. Ele teve também uma filha com Lia que recebeu o nome de Dinah. É sobre a vida dela que o livro trata.

Dinah só é citada duas vezes no livro do Gênesis, uma por ocasião do nascimento e outra na sua adolescência. Partindo disso a autora conta a história de Dinah, Lia, Raquel, Bala e Zelfa sob o ponto de vista de Dinah.

Eu sei que, a princípio, parece uma coisa meio Marion Zimmer Bradley (a história dos bastidores, sob o ponto de vista da mulher), mas não é. Pelo menos não do ponto de vista pejorativo. Por que é diferente? Acho que principalmente pela postura da autora que não tenta criar uma barreira entre as partes. Não é como por exemplo em As Brumas de Avalon onde Morgana é tão mais inteligente, culta, perceptiva e educada que todos os homens e além disso faz tudo que as mulheres fazem muito melhor que elas ("Nossa Morgana, como seu fio é bom!"). Dinah é uma mulher normal contando história de sua família e a sua própria. Essa história pode ser um pouco extraordinária para quem lê, mas ela não trata dessa maneira e o resultado fica muito bom.

Enfim, livro muito bem recomendado.

Beijos para todos

1 comentários:

Amanda Alexandre disse...

Morri de rir com o trocadilho do seu marido!